De maos dadas cOmigo

Data 20/04/2008 22:27:15 | Tópico: Poemas -> Dedicatória

Saio e entro na noite

sem lanternas nos olhos

nem medo a fingir coragem

triste apenas de estar sozinha

comigo,

de mãos dadas comigo,

estas árvores do passeio


fazem-me sonhar poesia

de rouxinóis cantando,

de amantes perseguidos,

pobres amantes clandestinos.



tud começa a ser real

a semear melancolia nos caminhos,

o vento abandona-se ( quem diria! )

ás folhas sonâmbulas

sem pudor das estrelas que vigiam

os devaneios da noite lá em cima.



Reabro a porta da minha solidão

e entre, mas só.

A noite deixo-a aos amantes

e aos mendigos, aos felizes afinal.



Ah! Este silêncio!

Já me doem os sentidos.




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