
NOVE DE NOVEMBRO
Data 11/11/2020 16:42:49 | Tópico: Prosas Poéticas
| NOVE DE NOVEMBRO
Quando minha morte se fizer necessária para manter o Universo em movimento, olharei pela última vez o céu e darei testemunho de que vivi a quem possa interessar.
Hoje, um dia tão bonito, fiquei feliz por estar vivo ainda e ter o sol em meu rosto.
Não. Não preciso de mais nada. Basta-me esse calor e a serenidade de ver o tempo passar sem qu'eu entenda por quê.
Meus erros, eu os deixei sob as bananeiras da ravina que fende o morro em dois. Haverá sombra e humidade mesmo sob o sol a pino. Não temo enterrar minha tristeza ali.
Saio leve, morro abaixo para a cidade que me ignora.
Algo bom, enfim.
Belo Horizonte - 2020
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