um momento

Data 16/11/2020 19:40:19 | Tópico: Poemas

Jamais te diria eu quero-te
Nem o velho autoritarismo
de uma velha nação leva o vinho ao mar
E eu quero amor, meu amor




Tenho um sombrio esculpido nos olhos
de pedras salgadas. Os sinos dizem-me para parar.
Este ano a primavera começou chuvosa, sem a beleza dos
noivos, como uma nativa de outro tempo abrindo o robe
deixando-me constrangido ante a escuridão que assola
toda a vila de vez em quando. Vale-me o sol uma ou duas
horas por dia, considerando esta parte da casa onde se
encontra o meu quarto, a ler um livro, ainda
com tanto por escrever.




Então isso é que é virtude,
Manifestar a palavra
Usando a língua a esconder,
As mãos
Da sombra que a sugeriu
Demasiado longe da imensidade?!
E o alheamento cuida dele?
E logo mais,
Enganará o coração?

À nossa volta o contrabando dá-se como países desabitados


Alberto Moreira Ferreira




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