vala comum

Data 21/12/2020 15:18:36 | Tópico: Poemas

Quando me for,
larguem os meus ossos em qualquer cova,
as cinzas em qualquer mar, ou ribeiro.

Eu inteiro.

Quando já não me rir do que me rio,
nem me chorar do que me choro;
sentir o cio,
a paixão no que odeio e do que adoro
e tudo, enfim, for frio,
nesse
em que mais me demoro,

larguem os meus ossos no lugar onde sou só
mais um,
no pó
duma vala comum.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=354722