Para o falso messias, o povo se imola em sacrifício e diz amém!

Data 28/12/2020 22:13:00 | Tópico: Poemas -> Sociais


Em tempos de inação,
o fermento do pão
vira bromato,
e o povo (de)votado,

desmemoriado,
e esfomeado,
fica embromado
e torturado...

Em país sem vacinação
cloroquina vira falsa solução,
o país é um grande covidário
e a massa curte o calendário

o "mito" comanda o espetáculo
desfila o cortejo no cenáculo
Não era pra ser só gripezinha?
Mas esta gente ê muito fraca...

E como fica o atraso da vacina?
Ah, nem dou bola...
E já são quase 200 mil óbitos?
Eu não sou coveiro, e daí?

Deixa que o próprio povo se esfola
Vai pra rua, junta na praia, balada
Assessora diz ser bom pra previdência
Mais idosos morrendo, equilibra tudo

Enquanto isso, as equipes de saúde
exauridas por 9 meses sem trégua,
lutam contra a ignorância e o corona,
ante o incentivo da própria "autoridade"

Deixa que o próprio povo se esfola
Vai pra rua, junta na praia, balada
Assessora diz ser bom pra previdência
Mais idosos morrendo, equilibra a conta

Enquanto isso, as equipes de saúde
exauridas por 9 meses sem trégua,
lutam contra a ignorância e o corona,
ante o incentivo da própria "autoridade"

É uma situação surreal, parcela
se manifesta contra a vacina
mistura sentimentos de xenofobia
e medo da vacina mais que do corona

E o desgraçado ainda estimula
o comportamento de aversão
no imaginário, gente virar jacaré,
símbolo de seu governo pangaré

Quanto mais se nega a ciência,
Mais atrai e seduz a ignorância
O povo caminha pro cadafalso
E diz amém ao seu messias falso...
Alberto AjAraujo , em 28/12/2020, crõnica de um país sem vacina, à beira de 200 mil mortos pelo corona, "... E daí? Não sou coveiro, Nem dou bola."

Imagem: Pourquoi autant d'efforts si personnes ne respecte rien.



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