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Data 29/12/2020 01:14:03 | Tópico: Poemas

Celebrei
finais
de ano,
montei
árvores
de Natal.

Foram tantos aniversários!

Li mensagens
de Boas
Festas
impressas
em papel
couchet.

Cercam-me
paredes
iluminadas.

Os desejos
foram
dispersos.
A saudade
silenciadas.

Displicente,
o amor ocupa espaços.

Vem em ondas.
Nada calcula,
nada planeja.

Quando menos
se espera,
desarruma armários.

O amor é o laço
num vestido guardado.

Pensamentos
refazem cenas.
Poetas quando
amam, douram
o avesso da alma.

Que loucura!
Darwin explica?

Indecifrável,
o amor escreve-se
com reticências.

Sonha o amor
na madrugada
de sábado.

Corre na veias
a seiva que rega
os corpos
cansados
de manhãs nubladas.
...
Teus lábios,
entre sussurros,
dá-me o hálito
de um beijo.

Nos teus mares
há um porto de silêncios.

Viajas
dentro
de mim.

Versos luminosos
decifram desejos.

O som de flauta embala meu sono.

Olhe-me com
a certeza
do orvalho.

Meus olhos
guardam a tua imagem.

Acendo a luz
do cenário.
A solidão
apaga-se.

Onde está a ponte
neste mar sem tormentas?

Desejos intensos
fazem sonhos reais.

Anjos ensaiam
sinfonias nas catedrais.


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