Infinito “Jeu de Paume”

Data 03/01/2021 18:51:40 | Tópico: Poemas





Infinito “jeu de Paume”




O que me torna mais exigente
É aquela sensação sombria e minha
De que nada valho, sublimo assim
Quanto o orvalho nas estevas

Quando o sol nasce após o ocaso,
Confesso que me conforta a noção
De perda assim como tempo futuro
Que não vem, não foge nem m’perdura

Outro tanto, ao invés de subtrair
A altura em mim, me faz mais alto,
Mais grosso que a maioria dos condes,
Drácula’s, xpresso em “letras graúdas”

Pequenos dramas entre mim e eu
Próprio, traumas supostos e paus
De canela, de candeias às avessas com
Otomanos e o ramadão versus retábulo

Da Madonna a óleo com moldura em
Ouro de lei, o que me torna mais
Exigente são os outros, os Persas Drusos,
Particulares de nascença pois que falam

Com clareza dos isótopos com a expressão
No rosto, já velha de entender de tudo
Um pouco, grisalhos de amargura (resignação)
Acólitos do faz de conta, sublinho d'improviso

A afronta que me torna vigoroso fanático,
E mais me afasta do comum dos Gregos,
No “Vosge” da dinastia “Peshmerga” Afegão,
“Verum ipsum factum”, pela verdade de facto,

Exprimo-me tal qual um insurgente Dom
Casmurro, boca de estandarte e luneta,
“Ato as pontas à veia” num infinito “jeu de
Paume” entre mim e eu mesmo.






Joel Matos ( 3 Janeiro 2021)

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