Guerra

Data 22/04/2008 11:45:53 | Tópico: Poemas -> Sociais

Por breves momentos
os rostos calaram-se nas trincheiras
onde fértil a guerra dormia fria.
Ninguém se acobardou com o medo do ar
que a todos os olhos vestia o mesmo brilho,
enquanto na luta jaziam sonhos jovens
de um drama com anos mil
desde o esquecimento ao abandono.
Súbito, um clarão farejou os céus
e o bailado recomeçou na sua forma banal.
Ceifeiras de horas amargas
as bombas escreviam no chão tão cobiçado
o epílogo de um tempo sem regressos
que saboreiam outros confins da dor
que a guerra lapida sem voz nem freio!



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