
Espera
Data 23/04/2008 16:16:15 | Tópico: Poemas
| Não ouço o meu respirar, Os vultos que se baralham Soletram palavras confusas, Soltam olhares invisíveis, Caretas indescritíveis... Calam-se as musas Pelas horas que me velam, Sou pó... uma brisa de ar.
A morte agarra-me, a vida não me solta Dou passos estreitos no aperto do limbo, Num caminho sinuoso que não existe, No pérfido destino que não é meu. Existência que de nada valeu, Que me deu olhos para ser triste Me fez erguer a cada tombo... Quero-a de volta.
Não conseguirei acabar o que fiz, Voltar a dar-te a mão Num simples beijo sentido. Jamais te direi o que calei Aquilo que um dia sonhei, O passado está perdido, O entrelaçar dos dedos no coração Uma vez só... ser feliz.
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