
Flagelos
Data 22/03/2021 18:27:43 | Tópico: Poemas -> Intervenção
| O corpo é dilacerado pelo sofrimento A pele é arrancada sem piedade E querem me convencer de uma verdade tão irreal Quando o sol de cilício na madrugada. São monstros impiedosos Crápulas de um mundo invisível Onde andam as espreitas pelos becos escuros Na tentativa sádica de sugar sangue alheio. Vampiros, lobisomens e outros monstros Que vivem nas penumbras das cidades O mundo coberto por uma nuvem escura E gotas de uma chuva ácida que não para de cair. Somos o caos de uma sociedade em ruínas Flagelos Corpos atirados pelo chão E vidas ceifadas pela boca insaciável do abismo. Calar-me-ei se não puder olhar Com medo de ser atingido Pelos dardos malignos dos demônios Que deslizam sorrateiramente pelas paredes. Ouvem-se os gritos nos porões Torturam os corpos dos hereges Na esperança inútil de salvar suas almas Quando ninguém pode ser salvo da barbárie desoladora. Vejo o caos Os flagelos A falta de escrúpulos Dos que poderiam fazer algo pela sociedade. Deixo-me descansar desta angústia O mundo não pode ser melhorado Não é o que querem Os que dominam a sociedade. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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