OUTRA VEZ POETA

Data 25/04/2008 01:44:58 | Tópico: Sonetos

Poeta é como a fronteira de marasmos
Unção de carne e unha adornadas
Nas noites de rubor é como a fada
Que vem cinderelar mil espasmos...

Poeta é o vínculo dos ácidos
Dos loucos, que tanto amam solitários
Dos mascarados féis imaginários
Cunhando emoções, tenores plácidos

Poeta é o fingido que agoniza
Na gruta da aparência caducada
Sentindo prazer em ser crucificado

A cada verso que tanto dedilha
Poeta é a corrente de armadilha
Que prende nosso mais cruel pecado!


(Ledalge,in Outra Vez Poeta)


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