Nos Cravos da Liberdade

Data 25/04/2008 11:23:17 | Tópico: Poemas

Vinte e cinco vermelhos cravos
Semeados no cano das espingardas
Sorrisos incontidos na multidão
Cravejados em lágrimas de dor
Libertam-se pensamentos escravos
Despem-se as sangrentas fardas
Grita-se alto a revolução
Do povo unido, farto, lutador.

De setenta e quatro lembra-se Abril,
As grades férreas das prisões,
Luzes a brilhar no escuro,
Soldados mortos em terra Africana.
Olha-se no mês primaveril,
As corridas para saltar o muro
Em anos carregados de ilusões,
Mães, pais, tantos por semana!

Uma gaivota voava, voava
Em asas de gigante desejo
Sob campos cobertos de pão
Nos olhos de morena terra
De onde um sorriso escapava
No caminho de um longo beijo
De um velho apertar de mão
Que selou o fim da guerra.


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