A Treva obscura e densa

Data 18/05/2021 13:05:43 | Tópico: Sonetos

A minha Alma ignota e agreste, sempre triste,
incapaz de procurar felicidade e alegria
nas demandas que vive, em que persiste,
deleita-se nos versos e na poesia ...

Traz consigo a treva obscura e densa
a profundeza da dor que se perpetua
eterna, prolongada, palpitante, extensa
e a vida que à sua volta continua ...

Eu sou angustia, desalento e mágoa
sou um espelho sem reflexo em parede fria
sou o rio por onde já não passa a água ...

Já não tenho uma familia de pertença!
E porque sou ignorado dia-a-dia
sou silêncio ... sou a treva obscura e densa.

Ricardo Maria Louro


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