ESPAÇO VAZIO, TU
Data 10/06/2021 13:51:50 | Tópico: Poemas
| . . . Senti, no seu ir quase abrupto, o tanto que levaste de um sonho; de palavras quase poemas, de sorrisos quase canções, de um mar quase oceano.
E no úmido das tuas lágrimas que ainda estão no chão, elas, cravadas ficaram entre as pedras, e nas marcas dos passos teus. A rudeza das visíveis sequelas.
Silêncio imposto, sua voz inerte, embargada, reprimida, a sós. Inaudível, o lamento à distância, fazendo insípido este momento da grande falta que sinto de vós.
Mas teu olhar é presença, é semente, paira no ar, a candura do teu rosto, que sustenta essa minha poesia amenizando esse incessante canto, desgosto que sinto; na falta que tu me faz.
Inconformado; sou desta sina, Da momentânea clausura, casulo. A qual tu humildemente se inclinou, nas metamorfoses, e nas vias da vida. Que somente as belas borboletas têm. ...do blog; 'Palavras de poeta'
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