
Escolhas
Data 17/06/2021 03:14:06 | Tópico: Poemas
| Dos vórtices desta minha inesgotável solidão Sou quem conhece as verdades e os enganos Foram inúmeras decepções, ó meu bom amigo O que não sei, concebo e trago todas provas Por vezes, eu finjo aceitar as coisas como são Fazer de coisas banais, assuntos tão sublimes Ou assuntos sublimes ter ares de coisa banal Não, nad’isso se vai aprender nas faculdades Você aprenderá a ser filósofo, mas não poeta Será capricho do destino este peito retalhado Dar-se mais aos versos, que as máximas da lei Das artes de guerra e de toda nula estratégia Preferi as noites indormidas e o copo ao lado Portanto, cale-se antes de dizer que os versos Prestam apenas a estúpidas histórias de amor Ou me fará que o mande à mais solene merda Juntamente com tais questões de altivo valor Sou poeta sim, penso que nasci assim. É cruel Atinar que as colunas valem mais que o sonho Dos vórtices desta minha inenarrável ausência Sou quem conhece as emoções e as cicatrizes
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