
Quando o silêncio romper a aurora da vida
Data 18/06/2021 19:13:21 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Vagarosamente desfila no eterno vai e vem de nostalgia Desejando somente ser vista Com os olhos misteriosos de quem sonha Viver uma vida isenta de desafios Em um mundo corrompido pelo tempo. No silêncio de uma tarde marota Uma garota apenas divaga em seus pensamentos Lembrando de palavras que foi sussurrada em seus ouvidos Como promessas de amor eterno Quando ela acreditava nessas coisas banais da vida Sem saber que tudo são promessas Balelas e discursos vazios de pessoas sem escrúpulos. Há uma perseguição intensa Uma fuga mortal de indivíduos que tentam escapar Do destino certo e violento Em uma terra totalmente sem lei. Falácias de mentes perturbadas com o tempo Momentos sombrios em uma tarde sinistra Da solidão vista até além do horizonte Onde via vultos como se fossem espantalhos feitos de panos Espantarem os pássaros da desconfiança. O que é a mente humana em tempos sombrios como estes? Um medo corrói a alma de transeuntes inocentes Presos em seus mundos na correria do dia a dia Que nem notam os olhares nas penumbras de ruas movimentadas Sem saberem que tudo chegara ao fim um dia E, então, só haverá lugar para as lágrimas De quem não soube perceber essas coisas. Parece um canto de tristeza essa melodia Que desesperadamente tento transmitir aos ouvidos De qualquer ser que queira ouvir Apesar de saber que ninguém dá a mínima para tudo isso E assim mesmo a vida continua a passar Em passos largos num frenesi diabólico. Vejo toda essa perturbação e parece ser o fim Parece não haver saída e nem solução para tanta solidão De pessoas envoltas em seus próprios pensamentos Uma adolescente grita raivosamente com seus pais E em um canto da sala um gato dorme tranquilamente Como se nada no mundo o incomodasse. Sob uma frondosa árvore no campo Escondendo do sol abrasador e do calor escaldante Um senhor descansa da sua labuta diária Sabendo que tudo chegará ao fim um dia Quando o silêncio romper a aurora da vida E ele ser chamado ao que considera ser o descanso eterno Mesmo não sabendo nada sobre isso. Mais uma vez posso refletir sobre o destino dos homens O determinismo das coisas O círculo eterno de uma vida que passa a existir nesta manhã Quando uma velha senhora é sepultada em um cemitério qualquer E ouve-se o choro de uma criança que acabou de chegar a este mundo Em um eterno vai e vem infinito Que me faz descansar minha pena de escrever Coisas que parecem sem sentido algum. Feche seus olhos e deixe-se ser levado para outra dimensão Esqueça tudo que te ensinaram um dia Mente vazia de uma existência E veja onde você está agora. Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
|
|