Já roubei de tudo, Mas do amor nunca fui salteador Por não pactuar com a dor Que alguém possa sentir ao ser lesado
Fui salteador No alto mar da vida, A leveza d’alma foi varrida Em minha cruzada de piloto-mor
Naveguei por mares e ares, Recebi bênçãos em todos altares, Onde derramei todos azares Em busca do que a vida me negou
Fui homem do coração de ferro Mas quando o amor se aberrou da minha barca de pirata, Ganhei o coração de prata E o amor falou mais alto até ao dia meu enterro
Morri com alma de pirata E coração de prata, Que soube guardar delícias do amor E levá-las pra sepultura, sem dor