PAGU, A MUSA EX-INTERIORANA
Data 19/07/2021 18:10:27 | Tópico: Poemas
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Dizer que a obra dela é apócrifa, Certamente, quem disser um louco é, Coragem em um ser, maior não havia, Ainda mais, no corpo tenro de uma mulher.
Musa brasileira, escandalosa e libertária, Fenômeno, livre, sem atavismos, e independente, A história está aí, e bem escrita, Dos seus feitos, em variadas vertentes.
Uma modernista pro seu tempo, Cuja voz doce ecoou forte, na rua, Despojada, vestindo-se quase que nua, Outros fatos a fez romper com a família.
Pós-menina e já era de vanguarda, Pagú, pintou, fumou e abusou da lua, Nada tinha de mulher interiorana, Seus manifestos tinha-os sob sua guarda.
Por amor casou-se, e de igual amor gerou, Pariu primeiro Rudá, qual o mito “o deus do amor”, O mesmo amor com que o amou, ela amava a própria vida, e a liberdade do seu povo.
Engajou-se ao movimento antropofágico, de comer, “no caráter metafórico da palavra”, não gente, de não negar, mas não imitar culturas externas, Dos ameríndios, euros e dos afros descendentes.
Mas, seu “Modus vivendi” incomodava, Muito mais suas palavras às estruturas, Sua escrita criticou todo o seu tempo, Consuetudinário, de prisões e de torturas.
Aos cinquenta e dois ano ela partiu, Para viajem definitiva e derradeira Ficou o mito, nunca será esquecida, Pagú, a grande musa brasileira
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