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1- a mesquinhez em forma de deboche procura comandar. estou na fila dos desiludidos ou excluídos desta mesmice praticável. talvez lá na frente haja um canto sensível - diferente, pragmático - onde se respeite a individualidade concernente a cada ser singular, e a distopia seja a reação química/mental para que seus resíduos sejam apenas os fertilizantes de uma nova concepção. estou certo que a banalidade se aflora no comodismo imbecil do homem-só, o seguidor da maré de caminhos prontos que o mecanismo grupal lhe oferece. a forma de agir e pensar por imitação é a veracidade travestida de ato consciente. todos somos passíveis de falhas. a evolução intelectual é factível, mas a evolução física domina. vivemos de aparências... por quê!? porque raramente externamos aquilo que somos. tudo é maquiagem, palavras são maquiagens! a prisão perpétua do EU é controlada pela prisão criada da visão concreta do exterior, ou seja, toda ação é pura imitação.
como disse Pablo Neruda numa passagem do seu livro de memórias: 'sou um apaixonado pelo mar, mas navego em terra.'
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2-
a vida é uma ilusão tão verdadeira e, em nossa dualidade, precisamos apenas interpretar o signo de cada situação no caminho sagital de dois cursos. a vida é ilusão pura, posto que, primeiro se pensa, depois se concretiza a ação. a vida é vivida no entremeio de duas situações, ou seja, nascer e morrer. a própria ilusão também ascende a vários vértices que nunca são decodificados e, quando são, passam desnotados pela razão. cada um cria o próprio mundo real dentro dos tentáculos vitais à partir da própria imaginação.
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"lá, onde minha vista se acalma já não há mais o corpo dentro de mim palpita uma alma"
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