
"Je ne dis rien, tu m'écoutes ..."
Data 13/10/2021 21:45:59 | Tópico: Poemas
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"Je ne dis rien, tu m'écoutes"
Somente à poesia é que se aplica A convenção mnemónica de amar sem volta. Como qualquer fenómeno meteorológico, Pra ser compreendido, há que ser estudado,
“Je ne dis rien, tu m’écoutes” é o axioma De ser poeta e eu não consigo alterá-lo, Mas isso não me explica, nada se explica Sem ser tocado, somente me reconheces,
Eu não creio em nada, qualquer coisa amo, Um relógio é uma mesa, igual a beleza Dos ramos de uma mesma giesta, tudo Será esquecido ou apenas eu record’o passado,
Pra ser compreendido há que ser estudado, Ramos buscam ramos, que seja eu esgalhos D’abeto gigante, nada indica que sim, nada se Deve achar, a dúvida é em si mesmo um fim,
Somente à poesia é que se aplica, ao agnóstico O tampo da mesa e ao agiota o tempo Que se retira a quem se for, mesmo a mim… Sou conduzido por acidente a um sonho
Sem cura, culpa da memória que divide Os erros entre mim e eu infiel, infiéis os líricos, É a maneira de dizerem o que pensam, Sem largarem das mãos o céu, só meu,
Sou eu …”Je ne dis rien, tu m’écoutes”
Jorge Santos (05/2018)
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