Alguém poderá adivinhar os planos da consciência do universo Quais pensamentos e axiomas coordenam o curso dos planetas Almas tão insipientes não podem aferir todas as possibilidades Que se ocultam detrás das colunas que sustentam este mundo A resposta não virá das trombetas douradas de belos arcanjos Um dia a morte devolverá o espírito pleno que o corpo limitou Então tudo se fará intenso, curado das tempestades cinzentas Das vidas sem cor, das esperanças sem som, do sono perpétuo O poeta poderá, desse modo, alimentar os sonhos quais deseje A moça morena e seus braços à mostra, poderá cantar faceira O tempo se dissolverá e não se terá nenhuma pressa para nada Bem na próxima esquina, fica a escada que nos leva ao paraíso Que um dia certa canção cantou. Eu, vou bater as asas, partir Voar na direção a luz, grato de brilhar e sem lembrar quem fui
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