MEUS MISTÉRIOS

Data 28/04/2008 17:23:41 | Tópico: Sonetos

Ó peito meu! Incandescente ébria fibra...
E que murmura sangue eloqüente...
Dum sonho d'oiro em que pouso, qual ferida,
Cascatas margens em mistérios envolventes!

Nos meus dedos, que se escondem vinhos velhos;
Das minhas rugas, que se enlaçam permanentes;
Nos estranhos e dolorosos duelos,
Fronhas marcadas por beijos comoventes!

Choro por ti, ó serena madrugada!
Talvez inerte, represa misteriosa...
E que escancara fina rosa harmoniosa!

Das aladas sensações celestiais,
Dos mistérios,sincronias abissais,
Gozei tormentas em minha vil morada!


(Ledalge,in Meus Mistérios)



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