Vida Efêmera, Ilusões Tardias

Data 31/10/2021 00:11:33 | Tópico: Poemas

Qual quem pede ajuda, um dia indagaste se pude renascer
Fizeste-me sentir na tua dor incontida todo o peso da vida
E eu estive lá, ofereci um ombro amigo, estendi minha mão
Eu quis te contar que é tão mais duro se caminhas sozinho
Pensei que podia te mostrar como trilhar outros caminhos
Esmiucei nas minhas feridas e reabri as portas para o vazio
Talvez saltar sobre o vazio seja só um momento sem brilho
Quem sabe a amizade que te ofereci não fosse importante
Parece-me que era apenas uma conta no colar da tua vida
Porque sumiste sem explicar e nem aceitaste a minha mão
Deixou essa voz que não silencia e pergunta onde eu errei
Se o carinho fraterno que te dei foi pouco mais que nada
Sei que no teu peito não acolheras estas palavras sofridas
Quem dirá não sou eu que mereço esse silêncio repentino

Talvez o mundo evanesceu depois que o telefone desligou


Dedicado àquela pessoa, que eu acreditava ser minha amiga e um dia desapareceu sem qualquer notícia. Quando retornou nem disse olá ou disse qual o mal que eu possa ter feito para ela agir assim.



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