O Poeta e o Fauno

Data 02/11/2021 04:39:28 | Tópico: Poemas

Caminho pelas noites azuis de verão, sob os atalhos da lua
Entre as verdes folhagens manchadas do branco das flores
Um murmúrio imponente sob os galhos que vem me chamar
O fauno de olhos vermelhos mostra os dentes com um riso
A propor do abandono fazer o acalanto de lembrança boa

Caminho pelas noites azuis de verão, avanço à tua procura
Na luz pálida, a taça de vinho cálida espelha seus encantos
Nas soberbas flores onde a noção do primeiro beijo dorme
A brotar uma canção mágica no ócio do coração do poeta
Que sonhador, deixa o vento brandir com um novo frescor

Caminho pelas noites azuis de verão, qual cigano sem rumo
Amanhã surgirá no leste um sol de fogo no país perfumado
Detrás das árvores cintilando entre folhas frias de orvalho
Só para brilhar teu olhar ao abrigo dessas sombras secretas
A natureza a se iluminar com teu ardor nesta vida obscura



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