ATÉ AO ÚLTIMO SUOR
Data 29/04/2008 12:53:32 | Tópico: Poemas
| Até ao último suor
Em terno passo passejado pedanceia-se uma loira extrovertida que enfadada com a vida pretende fugir a correr do passado.
Com pedras pomes na penúria, esfrega de si a pele pecaminosa, que mais nada fez que amar com fúria, na vez de ter sonhos cor-de-rosa...
Jovial, nefasta, impúdica e periclitante em trevos de quatro folhas se deleita! Coberta de farpas de arame se doi, desfeita, abraçando o tronco viril do seu amante.
Sedenta, insaciável, dengosa! com olhos fere, com sorriso manda! Temida por esta e pela outra banda, amada por todos, do poema à prosa...
Em prova perdida perdeu um seio, em choros vendida será sempre pura, porque se um seio se foi o outro dura e esse é o antónimo de feio!
Com um só seio amamentou dois filhos! Com um só beijo engravidou outra vez?! Porque não foi mais do que sempre fez: meter-se em milhentos cadilhos...
Era uma vulva quente e desejada entre muitas as prendas que tinha! Era o mato, a cor, nunca sozinha, sem medo , feliz e realizada...
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