
Cada um de todos nós é todo'mundo ...
Data 11/12/2021 19:28:27 | Tópico: Poemas
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Cada um de todos nós é todo'mundo, Arcaicos costumes me preenchem, cultos D'outros nomes, em todos nós ocultamos Ex- Votos quotidianos de quem agora me não sei ser,
Nem todos ou cada um e um só outro, Cada no mundo sou só eu, inédito y Grego, incubado Inacabado de alma, Falso devoto de mim próprio, permanente-
-Mente descalço, infecundo, feito mudo face ao Que me falta, não me termino, me completo Nos outros, os outros não me prolongam Por fim, lastimo não ser eu todo o mundo,
Se todo mundo meu me ignora ou não ser No fundo eu quem desconhece ser outros Nesses outros modos, estados d'alma duros, Quem me dera não ser eu apenas, um só
Eu, todo eu e em tudo e em mais ninguém Nesta terra pouco larga, redonda achatada E defunta, morta para não dizer ferida de morte, Rachada a chamas, sem sorte a chamada veio
Do bailéu e eu preso no veio da poita funda, Fundido em cobre, quem nasce em signo D’ pobre jamais se aceita nobre, caduco -Pleonasmo da má sorte, assim como
Cada um ser um mundo e não aquilo Que se espera do tamanho com que Cada qual faz e conta, a noção de pouco Ser menor que nada, ou que outros.
Jorge Santos (11 Dezembro 2021)
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