Perfeitos no amor e no pranto ...
Data 15/12/2021 12:12:45 | Tópico: Poemas
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Prefeitos do amor e do pranto, Assim somos nós hoje, predefinimos Quem gostamos em função da distância Do pâncreas ao estômago e esófago,
As regalias são para nós o veneno Natural do corpo e da alma que nunca Dói, é muda de facto, traja a rigor Quando é feriado dia de santo, a hóstia
Na eucaristia é o Santo Graal, quando O espírita responde ao físico segredando Acanhado que detesta sentir sentimentos Lavados, sentidos profundos conciliadores
E o encanto do pão ainda quente, a chuva Caída e a manhã ferida, o agasalho, Privilégios, prazeres íntimos, gestos mornos, Que podem durar para sempre ou não,
Preterimos amor e canto à jugular, à histeria. Degolada a Sereia resta o flanco salino, o réu, A hipocrisia do vegetal com sabor a couve, Maçã verde não é “pão de rala” mais doce.
Quadrilátero é o genoma fálico da abundância, Eufemismo é a desfaçatez com que bradamos E brandimos Moisés como Decanos às tropas, De Bizâncio enquanto exaltamos El Cordobés,
Perfeitos no amor e no canto embora sejamos Um cancro e cancerígena a nossa pequenez "Crisálica", congénita e abjecta, contamos com a dita, Como um Abeto conta com a água por perto
E o vento forte nos ramos, no Teixo o tempo, O sagrado dos Celtas que nem eu m'lembro, Ouço-o ao comprido na erva chã, estendido Por extenso, Argonauta e órfão, eu m'maldigo
Em Esperanto …
Joel Matos ( 12 Dezembro 2021)
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