O que seria de mim sem o sublime existir dessa moça Que tomou o lugar de onde viviam angústia e solidão Como não admirar a plenitude da juventude madura Que concilia serenidade e graça, que nela florescem Como não imaginar que é seu riso que move estrelas E que a lua só brilha no céu, por inveja de seu brilho Minha musa me fez cantar e me sentir livre se canto Como descrever o inefável que ne acorda a cada dia Talvez seria imaginar que a rosa vivesse eternamente Antes dela, por vezes, tudo foi só o papel em branco Sua vinda fez um murmúrio tornar-se a voz dos anjos Ontem quando o poema era só um desejo da infância Hoje faz estas linhas indomáveis, o longe é justo aqui E quando a conheci, foi então compreendi a verdade A vida necessita bem mais que comer, beber e dormir Impõe sofrer para ser homem, amar para ser um deus Não obstante, ela me fez mais, me fez renascer poeta
|