Naquele bosque encantado todos eram abençoados, mas nem todos sabiam. Lá havia uma coruja chamada Alice, admirada pela sua sabedoria, bondade e beleza. Certo dia ela fez um poema Inescapável Cilada e fisgou três invejosos. Ficaram os três com os olhos dilatados, gordos, quase saltando no chão. Foram eles: o sabiá, o avestruz e a garça. Cada um tinha um dom ou talento, mas a inveja havia seus olhos bicado... O sabiá tinha honra ao mérito, era um belo cantador, mas a inveja era proporcional ao seu talento para compor sambas. O avestruz era um sujeito multifacetado, pena que usava suas habilidades para disfarces e para maldades. Seria o próprio sabiá encarando mais um de seus personagens? A garça era tão bela quanto Alice, só precisava jogar o espelho de Rainha Má no riacho, se reconhecer e se amar de verdade. Alice ficou triste com o comportamento dos amiguinhos invejosos e foi neste momento que uma ave "bizarra" sussurrou: - Iguale-se aos seus amigos. Aqui é olho por olho e bico por bico. Aqueles três são tão ruins que nem a morte quis levá-los, pois "vaso ruim não quebra". A ave tentou bicar os olhos de Alice como fez com os olhos de seus três amigos, no entanto Alice protegeu os olhos e expulsou aquela ave malvada, teve pena dos coitadinhos e desejou do fundo do coração que os três encontrassem o caminho do meio, o caminho da redenção.