DOR HEDIONDA

Data 30/04/2008 19:35:40 | Tópico: Sonetos

Quieta, eu vagueio pelo chão da minha alma,
Que levita num oceano em ondas desiguais.
Um vento manso me atenua a calma,
Eu quero o vazio a me romper a paz!

A dor mortiça me aperta o peito!
Como se aberto, estivesse meu engano...
Numa espécie de caixa febril - deleito,
Uma hedionda dor, que corrói os meus planos!

Tento lutar com minhas parcas forças!
E feito a moça que o vento completa,
Com beijos fortes, vago alma inquieta...

Num labirinto em corcéis levianos!
Eu cavalgo longe, à penumbra dos insanos;
E chego ilesa ao meu íntimo que repousa!

(Ledalge,2008)




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