Estranho Intruso

Data 01/05/2008 20:54:53 | Tópico: Prosas Poéticas

Intruso!
Estranho!
Revela-te na minha escuridão!

Chegaste com a espera a dilacerar-te os braços, nas palmas das mãos ironias ou cansaços em forma de pele, na boca seladas em beijos por dar estavam escondidas centenas de palavras, nos olhos fechados um monte de destinos irrequietos e cruzados que selecionavas tentando escolher o teu.

Ficaste!
Num grito silencioso e mudo...
Fizeste ouvidos moucos aos abraços poucos que eu queria tanto.
Com o corpo criaste a saudade e cantaste o fado dos sós.

Intruso!
Estranho!
Sou feliz por estar-te hoje, feliz por enamorar-te, feliz por comtemplar-te deste chão de renúncias onde me esqueço.

Por agora não acenes, por agora não te despeças, no peito guarda todas as lembranças e não deites fora as esperanças que trazes nos bolsos. Se um toque pode alterar o que aí vem então dá-me a mão apenas e não entre nos repetidos dilemas que circundam o teu coração. Se um toque pode alterar o que aí vem, fica-me só como te ficas e então seremos sempre.

Intruso que pintas a minha vida com a estranheza da felicidade.
Fica!




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