Genéro... efémero

Data 01/05/2008 22:09:39 | Tópico: Poemas

A megera
tornou-se espera
e por era uma vez
rugiu quase fera
de barriga esfera
e escura tez.

Arrancou dentes
a bocas frementes
entre três berros
que sairam, ora tementes,
ora ridentes
por malhos e ferros.

Arrimou-se desespero
como surdez e cegueira
casadas com alma de feira,
a espírito sem esmero,
amorfanhada esteira
feita de gente fronteira.

Em espera
se tornou a megera
vinda de era uma vez
que de barriga esfera
rugiu feita fera
enrolada por morta tez.

Valdevinoxis




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