Vespertino

Data 26/04/2022 18:41:33 | Tópico: Poemas

O poema que nascer pelas tardes de outono
Virá para eternizar palavras nos seus versos
Contando do que ouviu dos lábios do vento
Que sussurra enigmas no silêncio vespertino
Já secou o orvalho que molhara as floradas
Lágrimas e memórias, antigos sons de harpa
Enquanto sigo na busca do gesto esquecido
Que pertence só aos corpos macios e gentis
Nos quais existe viva a eterna alma feminina
O poema vai nascendo, para iluminar a noite
Se tem a cor da aurora, o sabor é de poente
Conquanto nasce por mim, não me pertence
Escreve para homenagear nomes esquecidos
Até mesmo os anônimos de portos distantes
Segredos de nossos desatinos quase infantis
Que fulguraram em nosso coração sonhador
E fizeram poesia do que seria apenas palavra
Os versos do poeta são feitos de eternidade
Morrem toda noite, renascem ao amanhecer




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=362808