Sim, eu vejo fantasmas a bailar na minha frente A noite luminosa guarda as marcas do calor solar Imagens invulgares são espectros diante de mim E lá estava eu olhando os trens na velha estação Os tantos rostos comuns, iguais nessa multidão O apito toca, é hora de partir, hora dos abraços
Sim eu vejo fantasmas, alguns nem são mortos Vejo, como fosse um zíper, os trilhos lá adiante Para juntar duas partes, qual éramos você e eu Juntos em uma só vida, mas esse trem já partiu Eu chamei pelo teu nome, mas já não estavas lá Nos perdemos na distância que abriu entre nós
Sim eu vejo fantasmas, rápidos a me assombrar Vindos de um passado sem mapa para retornar Na poeira dos meus sonhos, minha cabeça gira Na procura da doce mulher que costumavas ser Breve se foi qual a pétala que o vento assoprou E flutuando na luz da lua, se foi para não voltar
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