O fim de todos os fins

Data 06/05/2022 15:35:24 | Tópico: Poemas


Nos dedos dementes dos homens,
Pende a humanidade
Tão açoitada pela insensatez da mente
E a cumplicidade de mãos indecentes

O céu geme
A terra freme,
Corpos ao pó
Almas sem dó

Revolta universo,
Reza-se o terso
Por um terço
Da humanidade convalescente

Deus tudo faz
E o homem tudo desfaz
Pra apressar o fim,
O fim do seu próprio fim

Línguas de fogo
E lágrimas de água,
Se juntam num resgate,
E os homens prantam

Não adianta chorar
Nem vale a pena orar,
É o fim…
O fim de todos os fins

Nada…
Nada, nem lágrimas
Nem tardias orações,
Acalmam a fúria da natureza

Só resta esperar
E ver corpos a enterrar,
Nas sepulturas abertas
Pelos homens no coração da TERRA

Adelino Gomes-nhaca



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