NAVEGAR

Data 18/08/2022 18:30:51 | Tópico: Poemas

Navegar
 


Sou o presente manifestado como embarcação de grande porte
Navego seguro imponente pela imensidão desses mares da vida
Minhas velas acenam brancas aos ventos que trazem a boa sorte
Os quais acompanham o despertar incerto que segue cada novo dia
 
Descanso em porto seguro no afago de meus sinceros amigos
Sempre absolutos ao meu lado amparando meus ombros cansados
Preenchendo o meu coração antes aflito agora nutrido de carinho
Perpetuando com suor os desafios do percurso conquistado
 
Meu leme domina forte as eventuais tormentas e tempestades
Não há como vacilar os olhos tendo a direção certa a perseguir
Todavia não vivo a brincar com as fortuitas casualidades
Não Luto contra o destino iminente desta viagem que sei o fim
 
É inevitável saber conviver os perigos do seguir novos rumos
Tendo certeza de que o impossível somos nós que o sustentamos
E que o desvendar do amor é a energia essencial fonte de tudo
Motivo para que na vida nunca se cansar de continuar navegando
 
O ponto final não obstante está bem diante dos olhos mais claro farol que me guia
Quando talvez as certezas encontradas não sejam reveladas como um dia imaginei
Mas será compreendido que é indispensável perceber que viver é gozar a vida
Pois no aconchego da chegada resta momentos vividos e não os deixados de viver.
 
Autor: Jorge Jacinto da Silva Junior


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=363898