O desfilar de mãos sem vida

Data 27/08/2022 11:56:49 | Tópico: Poemas


Uma bebé que chora
uma mãe que ora
pra o bem da filha querida,
vê-se a dor, no dissabor da sua alma ferida

Dois seres, duas vidas,
duais almas frágeis,
presas fáceis
pra mãos que arranham feridas

Amargor das lágrimas
é sua menta do dia-a-dia,
em suas preces, prenhes de lástimas,
só se vê o desfilar de mãos sem vida

Cada lágrima que cai
da sua face amargurada,
é uma torrente dos ais,
que lhe invade a alma partida

Uma bebé que chora
uma mãe que ora
um olhar que passa de fora,
é o reflexo deste mundo afora

Adelino Gomes




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