APARÊNCIAS

Data 03/05/2008 16:11:41 | Tópico: Sonetos

Sou como um cristal fino e brilhante,
Aparento o melhor dos sentimentos!
E no tilintar das palavras no tempo,
Meu peito inflama-se, vacilante...

Na poeira da sala fria e vazia,
Me conduzo à janela procurando o ar...
Minhas vestes tão alvas, mas tão frias!
Meu corpo disforme, sem caminhar...

No limite das horas, vou eu castrado,
Me confronto com os perigos vazios,
Meu semblante me torna ser ferido...

Conduzindo meu peito - um labirinto!
Na janela que está fincado o vício,
Aparento quem sou, um ser atado!



(Ledalge,2006)


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