Nada é ficção neste momento
Data 06/10/2022 13:19:04 | Tópico: Poemas -> Intervenção
| Eu nem mesmo queria falar O silêncio já estava de bom tamanho para mim mesmo Só não sabia que não conseguiria Porque as palavras escritas Fluem pelas veias como essência de vida.
Um câncer toma conta da sociedade Preconceito latente de pessoas doentes Com corpos ocos infectados por vírus Dominadas pelas mentiras de loucos parasitas Destinadas ao abismo com eles.
Pequenas fagulhas secretas são inventadas Com o objetivo de infectar as mentes inocentes São tão sutis e ínfimas Que não podem ser vistas se arrastando pelas esquinas Até que grudam no cérebro e o corrompe.
Na correria frenética das grandes cidades Barulhos ensurdecedores e ruídos manipulados Gera um entorpecimento enfumaçado do ópio religioso Misturado ao caos político e econômico Que só pode culminar na paranoia que estamos presenciando.
Quem são os ratos que se escondem nos becos escuros? Quem são as pessoas em seus gabinetes luxuosos? Quem são esses que fabricam suas inverdades E as soltam como grandes tentáculos No objetivo de alcançar o maior número de incautos?
Nada é ficção neste momento Uma grande serpente segue engolindo o horizonte Um leviatã imenso paira sobre as metrópoles Está diante de nossos olhos e não conseguimos ver Porque nos falta a visão necessária do discernimento.
Os paletós já estão sendo fabricados Uma nova jornada se apresenta diante dos orgulhosos Os gabinetes seguem sendo preparados Para receberem aqueles de olhos altivos Gerados da alucinação desenfreada da democracia.
Um novo capítulo será escrito De uma história que não nos orgulhamos de contar Dos fantasmas pelos becos desérticos Que esmagam até os ratos que ousam sair de seus esconderijos Sem saberem que a imortalidade não está no coração deles.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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