( Não hei, porque não tento )
Data 14/11/2022 00:19:04 | Tópico: Poemas
|
(Não hei, porque não tento)
Coragem,
Não te-hei, porque não te tento, E eu tenho do que não há, tendo Não me-hei, porque não entendo A mim mesmo, embora eu tente
Ter tanto mais do que não tenho, De entendimento, ou de humano O receio pelo que nem tento criar Novo, invulgar, arrojado-corajoso,
Não me-hei porque não me tento Ou não tenho voracidade, talento Habilidade, equilíbrio de acrobata Circense, "lata" vulgar pr'afirmar
Que possuo um pouco por'engano, Temendo jamais ter valor qualquer Coisa d'que penso escrevo a índigo (Não sei, porque nem pouco tento)
Daqui prá frente não falarei d'mim Mas d'outros, dos bravos da força "bravo" dos quais eu sou desertor, Embora não m'considere covarde
Fraco, ou gordo frouxo, que acuse De crueldade as dores de ouvido, Ou o ruído do público que pateia, Finalmente da plateia ao 3º balcão,
Confundem porventura abdicação, Com falta d'argumento, manifesto De pura ficção e o actor complexo, Versus alucinação, lucidez integral
Mas desconecta, descrentes são em Maior número, não sei porque tento Trocar o tom na escrita pela dúvida Indiscutível e essa sim, só minha
Valente e meia, a mística dos deuses É dita e escrita a forte, encardida E em índigo, imunda, indigna e feia … (Não a hei porque não a tento)
Jorge Santos (Novembro 2022)
https://namastibet.wordpress.com http://namastibetpoems.blogspot.com
|
|