Flagelo
Data 21/11/2022 11:02:20 | Tópico: Poemas -> Intervenção
| Punição severa Chafurdado num mar de absinto Não sabe mais o que fazer Para livrar-se do medo Dos pensamentos alucinantes.
Aqui deitarei o meu enredo Viver no deserto E tornar-se o senhor absoluto Dos destinos impermeáveis Feitos labirintos indecifráveis.
Castigo moral É o que sente na alma Com os olhos eternamente fechados Procura esconder as loucuras da infância E apagar as memórias solitárias.
Aflição de tempos imemoriais Traçado no imaginário De onde se via deitado no próprio jazigo E nunca fora percebido Pelos transeuntes noturnos nas sombras.
Angústia e flagelo De aventuras nas memórias coletivas Sangramentos e feridas abertas Testemunhados pelos que não dormem Porque foram destinados a sofrerem para sempre.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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