
Um eterno vazio
Data 27/12/2022 11:08:24 | Tópico: Poemas -> Intervenção
| Aos que tornam-se sombras no seio das tardes de verão Que escorraçam seus oponentes como um rolo compressor Dizem e agem como se fossem os donos do mundo Abusam das crianças e maltratam os idosos Para que possam sempre permanecerem no poder e dominação.
Aos que tem olhos eternamente fechados para o mundo Que não valorizam os que trabalham arduamente todos os dias Roubam-lhes a sua esperança com falsas promessas Dificultam suas vidas o máximo que podem Porque não respeitam a vida humana e carregam um ódio profundo.
Aos que são herdeiros de tormentos e declamam segredos Que rasgam as cédulas de liberdade dos injustiçados Impedindo-os de alcançarem a tão sonhada justiça Menosprezando os direitos humanos como se nada fossem Porque só querem manter os seus domínios e provocar o medo.
Aos que detém o poder mítico das alucinações Que controlam o tempo e as aspirações dos trabalhadores Dificultando o acesso aos benefícios arduamente conquistados Querem apenas manter as pessoas como massa de manobra Porque desejam perpetuarem-se no domínio das convicções.
Aos que tem o sangue quente e treme diante dos calafrios Que provocam o caos e o terror na sociedade hodierna Construindo muros de separação entre os menos favorecidos Maquiando a verdadeira face da violência urbana Porque desejam manter as aparências de um eterno vazio.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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