
Incógnita
Data 24/03/2023 19:24:38 | Tópico: Poemas -> Intervenção
| Faz de conta que não me ouviu Que eu não disse nada Ignore todas as orientações Siga o seu próprio conselho E não dê ouvidos aos designíos Que prometem coisas irreais Quem sabe um mundo novo Onde as pessoas são legais.
Faz de conta que não existe regras Que você pode fazer o que quiser Onde e como vier na sua cabeça Ignore os avisos de atenção As mensagens de alertas E apenas siga os seus instintos Como se o mundo lhe pertencesse Como se nada fizesse sentido algum.
Tudo pode parecer normal Mas nada faz sentido quando se olha atentamente Não sabemos bem o que se passa no coração Mesmo a pessoa olhando em sua direção Os segredos e mistérios de cada um São lugares onde ninguém consegue entrar E tudo não passa de uma incógnita Um buraco negro sem fim Que suga todas as nossas esperanças E trucidam os nossos mais belos sonhos Transformando-os em pesadelos reais De um mundo que caminha para o caos.
Não precisa fazer um julgamento Eu bem sei que minhas palavras são pesadas Elas ferem os ouvidos mais sensíveis Perturbam aqueles acomodados Inertes em suas zonas de confortos Como se nada mais fosse necessário Como se a vida fosse apenas mais uma falha Nas engrenagens da existência.
Podem até pedir para que eu pare Que fique em silêncio e deixe de perturbar Mas isso não irá acontecer Porque as minhas palavras são as armas Que irá esmiuçar as mentes insossas Incomodar os corações perdidos E chacoalhar as mentes cauterizadas Levando-as a pensar de forma diferente E enxergar a realidade em que estamos inseridos.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense www.odairpoetacacerense.blogspot.com
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