COLINAS DO CORPO

Data 06/05/2008 15:18:09 | Tópico: Sonetos

Despe minh’alma, rua dos teus sentidos!
Mar do orvalho, tão casto por desvendar...
Ébrio barco, sem paz a soluçar...
Manta ardente que queima meus ouvidos!

E quem sabe, tal neve disfarçada,
Encontre pelo vento rotas fúrias.
No vazio do destino, centúrias...
Aportando por vinco das aladas!

Vestes, que se retiram nas colinas,
Do corpo, marginal das madrugadas.
Colheita dos amores murmurados;

Na bonança, desertos desvendados!
Pelos toques, minúcias cultivadas
Na vida, como brilham as retinas!

(Ledalge, Colinas do Corpo)


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