DIVAGO II

Data 07/05/2008 14:00:43 | Tópico: Poemas

O vento que passa
Cortante por entre portas
Abertas pela corrente.
A verdade que é falsa
Quando se diz pelas mentiras,
Frio arrepiante.
Algarismos perdidos
Em contas sem fim
Nas sebentas de um estudante.
Mistura e letras e números…
Uma mixórdia, enfim,
Que enfeitam a estante.
As palavras que cantam
Ao som de uma guitarra…
Acorde desafinado e irritante.
Pensamentos que se evaporam
Como neve no cume da serra,
Um Sol de mil vontades, tão brilhante.
A Lua que não traz paz,
Nem descanso a ninguém…
Só o sono de quem se diz importante.
Este momento tão fugaz
E tão só também…
Infeliz sobrevivente.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=36707