O QUE TODOS PROCURAM (crônica de um dia)
na estação lusco-fusco do dia
rush de toda hora
formigueiro em desarmonia babel sem sintonia
o que procuro indo e vindo entre desconhecidos figurantes destinos tais cada um em sua busca pessoal
quem são o que procuram o que todos procuram
cheguei já é noite coloquei-me num ponto à margem : camelôs bêbados, gente bonita gente feia trabalhadores
gente em vaivém numa busca pessoal com seus caraminguás em grupo, só, pelo grupo nos bares, nas ruas, nas praças
e o formigueiro se desfaz
o que procuro
miro o prostíbulo de infelizes resumo dum gozo rápido na pressa de viver
talvez agora um contato virtual sei lá pra aliviar a alma quando noto um casal
de repente coração que se contrai o formigueiro se forma
de onde vêm pra onde vão o que procuram
é mais que sobrevivência vai além ...
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