além da casinha colorida de cada amanhecer.
na estradinha ao sopé da colina tem uma casinha que já foi amarela branca azul turmalina
de alguém a sina
o olhar de uma criança miúda nela se tornou graúda um dia não mais a verá não mais haverá e no olhar de quem por ali passa sem notar fumaça tornar-se-á apenas a cor esquecida no palco da vida mas qual é a cor do tempo na lembrança perdida senão o invisível pressentimento de quem notará lá na frente no solo o contorno da casinha tal ponto de partida de todos pra bem longe da estradinha pra bem longe da colina aonde a memória padecente vai sendo diluída em centelhas do presente
quem há de saber do restante a se esquecer no destino de cada um além da casinha colorida de cada amanhecer ?
**
**
...
|