PAZ REMOTA

Data 13/05/2023 15:42:59 | Tópico: Poemas




aceito a inutilidade que carrego nas mãos,
os quartos são sempre iguais,
o eco das paredes
permanecem terrivelmente sós,
tão sós como as folhas que se mutilam entre as balas perdidas
e os gemidos caídos no chão

o vazio das algibeiras preenchem
este ruído que me desola o peito;
de dentro arranco um rio infindo de esperança,
o pão é talhado estrondosamente
pela febre de bocas que mastigam a minha insanidade

onde quer que poise o olhar
retorno ao apelo da paz,
a essa paz que roga pela vida
dentro de uma ogiva de amor nuclear

ainda moro
no infinito das coisas simples,
onde o mar começa
e a noite acaba,
onde as flores fazem amor ao relento,
e a paz sabe a jasmim


in - ideários


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