ecos vazios

Data 16/05/2023 08:54:51 | Tópico: Poemas -> Saudade

vagueia a memória numa rajada de vento
até ao último suspiro, até ao esquecimento,
restam as palavras que invento.
foi a vida ora tranquila
ora triste e incerta
rotineira, e ainda assim tão fugaz
como vento que me desperta
me atira para parte incerta
de onde fugir, não sou capaz.

final tortuoso, onde deixei de ser
para apenas parecer.
e o vento murmura para si
«lamento mas esta estrada abrupta é para ti»
ecos vazios ao relento
e cá dentro, um perfume de ansiedade
e a bater, um coração de saudade.

nnuno



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=367179