
Poema do absurdo
Data 17/05/2023 16:00:40 | Tópico: Poemas
| Se me permitem o questionamento: Quem teve a brilhante ideia de fatiar o mundo? E nessa insistência de criar a perfeição Acidentalmente acabou chegando ao absurdo?
É que meu coração duvidoso nasceu duvidando Não por mero acaso me encontro nas incertezas Mesmo que o silêncio se sujeite como resposta Minhas interrogações não são dadas às sutilezas
Prossigo aqui com minha oitiva indigesta: Quanta filosofia ainda há de se desperdiçar num todo? Pois se esses versos nunca se justificam De que valem as palavras desse poeta engodo?
Navego à deriva de impróprias acusações Com o mesmo ímpeto de um náufrago em alto-mar E se me virem meio aos delírios de um desertor Que alcancem rápido a minha alma por desarmar
Finalizo satisfeito com meu simpósio: Qual a certeza que de tão incerta se esqueceram? E por mais que eu lhes mostre os dentes Onde o tal brilho dos meus olhos se esconderam?
Desprendo-me agora das amarras da consciência De toda e qualquer forma de entendimento Pois não existem mais dores desconhecidas E a felicidade é simplesmente a ignorância do sofrimento
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